As figuras mostram primeiro o equipamento, que é um imã gigante, depois a cama na qual nós deitamos de barriga para baixo. Aquela elevação é para ficar mais confortável, e as mamas ficam penduradas, soltas, no espaço azul da outra figura. Não são apertadas como na mamografia, apenas encostam um apoio para elas não balançarem e atrapalharem o exame. Seu rosto fica apoiado no suporte mais à direita da imagem. Não é desconfortável; os equipamentos mais modernos vêm sendo feitos para respeitar o conforto das pessoas que os usam.
O som, ah isso sim é uma super experiência. Som alto, em frequências diferentes e em ritmos diferentes, repetidos, alternados. Um verdadeiro show. Se tivesse luzes e mais uns instrumentos não ficava nada atrás de um bom show de rock! Veja um exemplo do tipo de som. É curtinho, lá dentro dura muito mais.
O que você pode fazer lá dentro, enquando ouve esses sons? Ocupe a sua cabeça, para não se incomodar com o barulho. Eu me lembrei do Crocodile Rock do Elton John, Pink Floyd, Linkin Park. Reze. Pense nas coisas boas que você fez. E acredite que vale a pena você ficar quietinha, primeiro porque não vai precisar repetir o exame e segundo porque ele é super importante.
O exame em si é um exame complementar aos demais. A ressonância capricha nos tecidos mais moles, então é útil para :
- verificar o exato tamanho do tumor, permitindo que os médicos preservem ao máximo o tecido da sua mama;
- mostrar se há outros tumores que ficaram escondidos nos demais exames, principalmente nas cirurgias que vão preservar a mama;
- identificar tumores que não foram percebidos antes, principalmente quando a mama é densa (desvantagens das mulheres peitudas, como eu)
- verificar se o câncer invadiu as paredes do tórax
- acompanhar os efeitos da quimioterapia